Apologia do RPG ou O Oficio do Mestre
Por : UnknownSejam todos bem-vindos a Dungeon do Mestre, um lugar para você, que assim como nós, ama RPG. Um lugar onde fãs desse tão sublime jogo, irão trazer novas informações e questões, para todos vocês que também são fãs. Falando das mais diversas formas e sistemas de RPG, para que possamos contribuir com o andamento de sua mesa, que é onde o jogo acontece de verdade.
Mas,
neste post estou aqui para falar diretamente com você, que gasta horas do seu
tempo idealizando cenas, elaborando vilões, planejando armadilhas, e que
durante toda a sessão de jogo, atrás do escudo, se vira nos 30, 40 ou mais para
que mesmo com as rolagens imprevisíveis, os combos apelões, ou as decisões
inusitadas dos jogadores, a história flua de maneira divertida e dinâmica. É,
isso mesmo que você está vendo, esse post é para você Mestre.

Mas no decorrer de nosso dia-a-dia, e à medida que
mestramos por muito tempo, acabamos por relaxar e fugir de detalhes que são
fundamentais em nossa função. É sobre esses elementos que embora possam parecer
simples e rotineiros, são frequentemente esquecidos quando a sessão se inicia.
Então, vamos a esses ossos do oficio que fazem de nossa função na mesa ainda
mais nobre:
1 – História &
Diversão: regras, combos e fichas podem ser partes muito boas e atrativas
do RPG, mas não são, nem de longe são as principais. RPG é nada mais nada menos
do que um jogo de contar histórias. Histórias épicas, engraçadas, dramáticas,
ou memoráveis. É essa a principal função do jogo, juntos mestre e jogadores
devem criam uma história, vivenciada por cada jogador a partir do seu
personagem. E o mestre tem como função ser o guardião desta tão importante
história. Por isso deve cuidar de seu andamento, para que quando o grupo se
reúna novamente, os jogadores rememorem as incríveis façanhas que tiveram em
sessões passadas: “lembra-se daquele dia em que atravessei um campo minado e
nada me aconteceu?”, “lembra-se de quando o Paladino foi agarrado por um
dementador que acabou o beijando?”, “lembra-se daquele vilão que entrava em
cena com um coral de zumbis entoando seu nome?”. São essas lembranças, que
ficam tão claras nas mentes dos jogadores que por uns instantes até parece que
eles realmente a vivenciaram no lugar de seus personagens. Mas, o mais
importante da história é divertir, não adianta uma bela trama complexa e
rebuscada se ninguém vai gostar dela, nem muito menos uma história que é cômica
o tempo inteiro, é necessário buscar um equilíbrio para que a diversão esteja
sempre no volume máximo.

3 – Regras & Contrarregras:
as regras fazem parte do jogo para melhora-lo, e aumentar a diversão,
auxiliando na história. Não vale a pena parar uma ótima cena que poderia acabar
se tornando memorável, pelo simples fato de que o personagem do mestre se moveu
mais do que a regra permite, ou que ele atacou mais vezes do que o que seria
normal para seu poder. Se determinada regra atrapalha o andamento da história,
passe por cima dela, isso não deve se tornar algo habitual, por que se assim o
fizer você sempre penderá a balança a seu favor, e a história ficará chata. Guarde
essa vantagem de Mestre apenas para os momentos certos e necessários, para
aquelas cenas mais épicas, em que é necessário torcer a aleatoriedade do
destino para ter uma melhor história.

Bom Pessoal, eu espero que este post tenha sido de ajuda
para a mesa de RPG de vocês, e que venha a completar ainda mais seus jogos e
para os Mestres que ele venha a os ajudar ainda mais em sua nobre missão. Pois
são pontos simples, mas que se bem observados, tornam o nosso jogo ainda mais divertido. Em breve estarei de
volta com novos assuntos e mesmo aprofundamentos destes que aqui iniciei.
Atenciosamente –
O Mestre Jumper.